OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO
Os lírios nos meus delírios
Bailam doidamente,
Embalados pelos ventos campestres.
Apenas observo o bailado furioso
E, ensimesmado, me pergunto:
Esta fúria vem do vento
Ou do meu olhar inconformado
Diante de tanta beleza exterior,
Que não é nenhum reflexo de mim,
Que teimo em ser este bicho estranho,
Macambúzio e sorumbático?