Naquele pôr do sol
Naquele pôr do sol
Ouvi o silêncio de vozes distantes
sussurrando cânticos noturnos
onde era esperado somente
som de ondas cambaleantes
E neste silêncio acidentado
irrompeu um choro de saudades
de dias e noites clareadas de angústia
de solenidade morfológica das nossas histórias
Saudades de não mais poder escutar gritos arrepiantes de nós na tempestade existencial
Sem muito por dar e pouco a reclamar
Ouvi o silêncio de saudades no longo destino dos inocentes errantes
cobertos pela luz do dia, e revelados no cair do sol noite dentro,.
Era o pôr do sol mais barulhento
Aquele que apreciei em tarde de abraços escaldante com a solidão e miséria caridosa.
Era o pôr do sol amigável que beijava o mar apaixonadamente, deixando marcado em seu rosto aquático seus lábios carnudos.
Era o mesmo pôr do sol ardente e relaxante!