Nação Perene
O aroma descente do pasto
verde e febril pasto depois da chuva
o gado se ausenta
na penumbra existencial de sua acefalogia.
A mão tosca e lânguida
prende o astro que caiu
e não sabe mais ascender
aos infinitos do céu colossal, inesquecível.
O cheio do café torrado
e o coração bravio e sôfrego
dilacera a flâmula egocêntrica de um caos.
Silêncio,
dê-me o silêncio dos campesinos
que semeiam, brotam e fervilham
a grandeza exaustiva duma nação
perene, inquieta, braseira.