Meu corpo é um museu de desastres naturais.
Chorei uma tempestade
No peito tive uma enchente
Eu nadei contra a corrente
Num tsunami de saudade
Terremotos de ansiedade
Causaram-me dor demais
Nas auroras boreais
Minha seca espaireceu
O meu corpo é um museu
De desastres naturais
Foi tal qual um furacão
Minha raiva destrutiva
Porém na chama abrasiva
Já amei como um vulcão
Me senti como um tufão
Nos meus ciclones mentais
Tive inundações banais
Que abalaram o meu eu
O meu corpo é um museu
De desastres naturais