Meu corpo é um museu de desastres naturais.

Chorei uma tempestade

No peito tive uma enchente

Eu nadei contra a corrente

Num tsunami de saudade

Terremotos de ansiedade

Causaram-me dor demais

Nas auroras boreais

Minha seca espaireceu

O meu corpo é um museu

De desastres naturais

Foi tal qual um furacão

Minha raiva destrutiva

Porém na chama abrasiva

Já amei como um vulcão

Me senti como um tufão

Nos meus ciclones mentais

Tive inundações banais

Que abalaram o meu eu

O meu corpo é um museu

De desastres naturais

Vivi Lissek
Enviado por Vivi Lissek em 06/05/2023
Código do texto: T7781657
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