Morango
Com prazer degusto o fruto rubro
Que em minha língua derrete em mel
Doce sabor, tão suave e puro
Como o beijo de uma donzela fiel
Chupo cada gomo com avidez
Sentindo a textura em minha boca
Aroma intenso, qual nobrevez
Que ao meu paladar alegria invoca
Em minha mente surge a imagem
De uma época de requinte e beleza
Onde nobres desfrutavam a miragem
De banquetes cheios de delicadeza
O morango, tão singelo e pequeno
É como um tesouro em minha mão
Trazendo um sabor tão pleno
Que me deixa em êxtase, em comunhão
Com a natureza e seus dons divinos
Que nos presenteia com tão nobres frutos
Que nos fazem sentir tão pequeninos
Diante da grandeza do universo em fluxo
Assim sigo, chupando com destreza
Cada morango em seu sabor inigualável
Rendendo graças à mãe natureza
Que nos oferece um deleite tão admirável.