A Rosa de Hiroshima banhada de ouro
Belém, 5 de maio de 202.
Pensei na Rosa de Hiroshima de Vinícius de Moraes e solidarizei-me com o sofrimento de muitos povos indígenas:
Pensem nas crianças
Mudas mercurizadas
Pensem nas meninas
Fracas atacadas
Pensem nas mulheres
Águas alteradas
Pensem nas hemácias
Placas tão metálicas
Mas oh não se esqueçam
Do tolo de ouro
Do ouro de tolo
O dolo hereditário
O solo El Dourado
Estúpido e esquálido
Os olhos sem brincar
De uma canoa anônima
Sem brilho sem alvorada
Sem Tupã sem nada.