“As quatro estações”
Quando encontrar-me em meio ao fervor
Lembre-se de recitar aquele louvor
Onde lembres os mandamentos de seu senhor
E ajude aqueles que não são próximos de seu amor
Quem sabes em dias de aconchego, eu respire
Calmamente verei a nuvem de chuva me derrubar, eu choro…
Deixarei as águas levarem aqueles destroços que ela causou
E farei descaso da rua alagada enquanto ando de pés descalços
O poema molhado e frio, tornando tão desgostoso
Recordando de dias ruins demonstrados a tons cinzentos
E desastrados, tombados aos destroços que desarrumei no meu vazio
Onde o silêncio grita e deixa o agoniante medo do nada…
Feito tronco de árvore antiga, desgastado e defasado
resistente e degradado, feito o conto ao descuido e relato…
Através do uivante vento, trazendo falsas pancadas
Para no fim iniciar o mesmo ciclo…