A lua se veste de prata
O nordestino é forte, descende dos povos indígenas, negros e europeus
Sofrendo as agruras das secas, sempre sobreviveu
Às vezes fica o ano inteiro sem ver a chuva cair no chão
Só os rios de lágrimas, cortando as terras do sertão
Mas quando a chuva chega e molha os tetos das casas
E o chão do roçado, deixando no ar o cheiro de terra molhada
Ele volta com sua enxada, a terra cultivar
Confiando nos céus, para a chuva não mais faltar
A poesia popular é representada pela literatura de cordel
Publicada em folhetos, relata nossa cultura em versos
As festas juninas destacam o Nordeste nas noites de São João
Que ficaram tristes sem o nosso Rei do Baião
No verão, as folhas caídas são levadas pelo vento
Que levanta a poeira e deixa as noites mais quentes
A lua se veste de prata para encantar os namorados
Descobrir seus segredos e deixá-los enfeitiçados
O sol vestido de vermelho, espera a lua adormecer
Deixando romper a aurora, para poder aparecer
Não podendo com ela se encontrar
Pela força do destino, está proibido de amar