A lua se veste de prata

O nordestino é forte, descende dos povos indígenas, negros e europeus

Sofrendo as agruras das secas, sempre sobreviveu

Às vezes fica o ano inteiro sem ver a chuva cair no chão

Só os rios de lágrimas, cortando as terras do sertão

Mas quando a chuva chega e molha os tetos das casas

E o chão do roçado, deixando no ar o cheiro de terra molhada

Ele volta com sua enxada, a terra cultivar

Confiando nos céus, para a chuva não mais faltar

A poesia popular é representada pela literatura de cordel

Publicada em folhetos, relata nossa cultura em versos

As festas juninas destacam o Nordeste nas noites de São João

Que ficaram tristes sem o nosso Rei do Baião

No verão, as folhas caídas são levadas pelo vento

Que levanta a poeira e deixa as noites mais quentes

A lua se veste de prata para encantar os namorados

Descobrir seus segredos e deixá-los enfeitiçados

O sol vestido de vermelho, espera a lua adormecer

Deixando romper a aurora, para poder aparecer

Não podendo com ela se encontrar

Pela força do destino, está proibido de amar

Dina Paraguassú
Enviado por Dina Paraguassú em 26/04/2023
Reeditado em 27/04/2023
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