Baía do Guarujá

Quem és tu, de cores turvas

Cheias de curvas?

Quem és tu, de ondas encantantes?

Que soa aos meus ouvidos e sopra  sussurro de cantos e encantos.

Quem és tu que percorro e  me perco no infinito de tua beleza?

De longe consigo ver a  platéia  a  admirar-te, a se deslumbrar com essa tua dança de maresias.

És mistério.

És força  contra ou a favor de quem ousa cruzar teu caminho.

Calmaria daqueles que ficam a admirar-te.

És ensaio muisical para aqueles que remam de mansinho, deixando a maresia levar como se fossem notas músicais.

És espelho que reflete o céu, a beleza do sol, das estrelas e do luar.

És simplesmente sem definição, porém os poetas tentam descrever-te  em versos, rimas e prosas.

Os poetas até conseguem falar da tua beleza, mas continuarás sendo mistério no fundo dessas águas turvas.

Quem és tu que é cheia de matas e ilhas, que exala um cheiro característico de rio?

Não é cheiro de peixe, nem de mato.

É cheiro que envolve e desperta a alma.

Quem és tu que é caminho de embarcação?

És morada de peixes e caminho de gente.

Teus rios são pontes sem tocar o chão.

Quem aproveita a viagem  se encanta com tanta beleza.

Percorrer teus rios, é percorrer as artérias do teu coração.

Mas torno a dizer, não tem poeta que desvende os mistérios e a beleza desse imenso rio.

Quem ousa mergulhar, nessa imensidão,  não sabe dos perigos e mistérios do teu coração.

Talvez dentro de ti seja um mundo a ser descoberto, ou uma história de lendas a serem contadas de geração em geração.

Mas me diz, quem tu és então?

                                                                             Danielle Pantoja

Danielle Pantoja
Enviado por Danielle Pantoja em 06/04/2023
Reeditado em 07/05/2023
Código do texto: T7757815
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