O raio cegou a poesia

Os raios fortíssimos pausaram-me,

Alberto Caeiro jamais aceitaria

Mas, a Natureza rebelou-se,

Foi impetuosamente contra a poesia:

Os raios cegaram-me a visão.

Sem olhos (ou energia elétrica)

Não observo meus poemas,

Assim como não os sinto,

Nem os toco, nem penso, nem vivo.

A Natureza entendeu-me sozinha,

E sozinha cegou o azul do coração.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 05/04/2023
Código do texto: T7757019
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