Doce Amélia
Estava Amélia a se balançar no campo,
havia percorrido caminhos de barro.
Ouve barulho frenético de carruagem,
teve medo ao confrontar o forasteiro.
Alfeu chega ofegante à dama campesina,
questiona sua solidão pelos bosques.
Ela lhe contesta sobre toda harmonia,
a paz do belo lugar de encanto campal.
Com seu cajado, a observa com atenção,
não a intimida, ao Supremo se confia.
Acostumada aos segredos da chácara,
aves semearam flores que a escondiam.
Grande terreno natural tinha secretas
passagens mirabolantes, aura invisível
rodeava seu corpo incólume, intocável,
sob a fragância das acácias perfumosas.