Chuva que cai calminha

E a chuva vai caindo calminha,

Vai molhando o solo sedento.

Vai levando lembrança minha,

Àquela que está se afastando.

Ela vai caindo delicadamente,

Neste solo áspero e faminto.

Vai já acendendo a saudade,

Naquela que faz amor instinto.

A chuva vai logo se dissolvendo,

No solo que a semente germina.

Vai o pensamento incomodando,

Desta que é a minha menina.

A chuva vai assim refrigerando,

Este solo que só nos alimenta.

A chuva vai somente banhando,

Aquela que sabe e me excita.

A chuva vai refrigerando a alma,

Vitalizando o desejo de dois corpos.

Atraindo a vontade de quem ama,

Como o rubro vinho em dois copos.

A chuva vai caindo e desliza,

Sobre o áspero e seco pavimento.

Umedecendo toda sua pureza,

Que transborda no relacionamento.

A chuva vai criando seu caminho,

Com a força da avalante enxurrada.

Lavando o meu feminino cantinho,

Para recebe-la em noite enluarada.

A chuva caindo lerda vitalizando,

O belo verde escondido no solo.

Mostrando a ela que vou seguindo.

Mesmo sem o calor do teu colo.

A chuva segue só desabando,

Cumprindo logo seu objetivo.

Vai com sua força mostrando,

A aquela que ainda sobrevivo.

A chuva vai cessando,

Logo bem lentamente.

Ela vai assim levando,

Saudade calmamente.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 07/02/2023
Código do texto: T7713674
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.