ÁGUAS DE LONGAS VIDAS

In natura do coração da terra

Rápidas como sabre de Esgrimas

Frescas, límpidas e muito puras

Doce ou insípidas como lágrimas!

Ao passarem por verdejantes colinas

Pararam nos lagos da felicidade

Apreciaram florida Campinas

Saciando as sedes de José,

Marias e Catarinas!

Outrora, das alturas despencaram

Formando um branco véu de noiva

Encheram os olhos de quem os viram

Derramamento de gotículas na alcova!

Deixou penetrar-se pelos raios do sol

Como quem vê com olhos de Osíris

Colorindo o mais branco do lençol

Com cores de um majestoso arco-íris!

Apressada continuou o seu percurso

Ainda riacho encontrando percalços

Desmatamentos, erosão e descasos

Poluída, sobrevivendo sem recursos!

Quase sem vida adentram outras águas

Tornando-se rios para os seres navegar

Impulsionando as cadeias marítimas

E cansadas se entregam para o mar!

Agora segue cumprindo sua jornada

Hoje um oceano sem alcance dos olhares

De doce e saboreada agora água salgada

Na imensidão dos nossos verdes mares!

Edbento!

Edbento Silva
Enviado por Edbento Silva em 30/01/2023
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