ÁGUAS DE LONGAS VIDAS
In natura do coração da terra
Rápidas como sabre de Esgrimas
Frescas, límpidas e muito puras
Doce ou insípidas como lágrimas!
Ao passarem por verdejantes colinas
Pararam nos lagos da felicidade
Apreciaram florida Campinas
Saciando as sedes de José,
Marias e Catarinas!
Outrora, das alturas despencaram
Formando um branco véu de noiva
Encheram os olhos de quem os viram
Derramamento de gotículas na alcova!
Deixou penetrar-se pelos raios do sol
Como quem vê com olhos de Osíris
Colorindo o mais branco do lençol
Com cores de um majestoso arco-íris!
Apressada continuou o seu percurso
Ainda riacho encontrando percalços
Desmatamentos, erosão e descasos
Poluída, sobrevivendo sem recursos!
Quase sem vida adentram outras águas
Tornando-se rios para os seres navegar
Impulsionando as cadeias marítimas
E cansadas se entregam para o mar!
Agora segue cumprindo sua jornada
Hoje um oceano sem alcance dos olhares
De doce e saboreada agora água salgada
Na imensidão dos nossos verdes mares!
Edbento!