Abra-se e liberte seu aroma

Reconheço a dor

E o desconforto acompanhantes

Do revelar da sua

Verdadeira cor

Do exercícios da sua

Vulnerabilidade

E do liberar do seu aroma

Devo lhe dizer, porém

Que não há como

Desfrutar de tesouro

Sem passar por

Matadouro

Não há consolidar

Sem se lambuzar

No fracassar

E com outros seres vivos

Não tem como tecer linhas

Sem aturar algumas

Ervas daninhas

Vejo o botão

Florescer

Sua forma contida

Esquecer

Seu singular aroma

Há de ser

Causa de esmorecer

Seguido de arremeter

Chamando a atenção

Para a arte

Do seu fazer

Abelha

Chega e sacoleja

Vira centelha

Coleta da bandeja

Pega oferenda

Espero que seja

Toque de cereja

Sobre qualquer lugar

Dentro do ar

Por onde veleja

Bacia de clorofila

Que corteja

Arte minha

Você semeia

Vira ceia

Minha existência

E lembrança

Você floreia

Nunca dá fim

E permeia

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 25/01/2023
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