Abra-se e liberte seu aroma
Reconheço a dor
E o desconforto acompanhantes
Do revelar da sua
Verdadeira cor
Do exercícios da sua
Vulnerabilidade
E do liberar do seu aroma
Devo lhe dizer, porém
Que não há como
Desfrutar de tesouro
Sem passar por
Matadouro
Não há consolidar
Sem se lambuzar
No fracassar
E com outros seres vivos
Não tem como tecer linhas
Sem aturar algumas
Ervas daninhas
Vejo o botão
Florescer
Sua forma contida
Esquecer
Seu singular aroma
Há de ser
Causa de esmorecer
Seguido de arremeter
Chamando a atenção
Para a arte
Do seu fazer
Abelha
Chega e sacoleja
Vira centelha
Coleta da bandeja
Pega oferenda
Espero que seja
Toque de cereja
Sobre qualquer lugar
Dentro do ar
Por onde veleja
Bacia de clorofila
Que corteja
Arte minha
Você semeia
Vira ceia
Minha existência
E lembrança
Você floreia
Nunca dá fim
E permeia