Humana ecologia: ecos sobre mim mesma e sobre a minha natureza
Muitos querem me rotular, mas quanto mais livre, maior o meu alcance
Quanto mais alcanço, mais sou
Eu não me encaixo em prisões de conceitos e ainda assim consigo abraçar a maioria deles
É mesmo sobre alcance
Alcanço o passado como o novo,
O vivo como o morto,
Tanto o um como o outro
Alcanço a ideia de que todos são importantes como as partes
Sem dono, sem criador, ainda sou criatura
Eu sou o corpo, a mente, a alma, o espírito
Sou aquilo que Pierson, Kormondy, Park, Marques, Pires e outros disseram
Também sou o que sequer ainda se sabe.
Sou invenção, mas não sou inventada. Existo independente de...
Às vezes prefiro o silêncio “nas cavernas do ser”, noutras escandalizo e solto o grito
Sou a voz dos que tentaram calar, a história negada e que ainda não nos foi contada
Sou do índio, do pescador, da lavadeira, do vaqueiro, do aboiador, do beradeiro, do negro, do quilombola, do louco, sou de toda gente
Sou daquele que cuida da terra como cuida de si, para além do corpo e além da mente.
Sou da natureza encantadora e encantada
Estou nas indagações de Juracy, na provocação de Matalawê, na crítica de Alfredo Wagner,
com o espírito científico de um Bachelard e com a convicção de uma Begossi, estou cá, me vê?
Busco “desinvenção” para ser “reinvenção”:
Convicta!
Patriótica!
Sempre transcendente.
Prazer, me chamam de Ecologia Humana!