O fluído mágico da noite!
Sem perceber, tempo vai passando
Pois esse tempo presente, é o agora
Com madrugada gelada, clareando.
A natureza faceira, se refastela
Vendo rasgos negrumes, cingindo
E assim, belo quadro vai surgindo
Na mais bela e perfeita das telas!
Irrequieto, dia vai se insurgindo
Sem esboçar dor, sereno chora
Geada fraquinha, se despedindo
Vida serrana, abrolhando mais cedo
Animais faceiros, que vêm e que vão
E no pulsar de um extasiado coração
Novo albor faz esfriar meus medos!
Ascende manhã colorida, no alvorecer
Que a poesia batizou, ser aurora
Sem cessar, vida soprando seu viver
Ficando, bem mais longe a madrugada
Se encaminhando ao pino do meio dia
Esquentando o que outrora foi orvalhada fria
E de arrasto
Vem regendo tarde dourada!
Na mochila, enorme cobertor alaranjado
Acentuando calorão, hora a hora
Em passeios, até amornar mormaço
Gracejam, borboletas e passarinhos
A cruzarem lentos, findos raios de sol
Se preparando, pousarem nos ninhos
Pra aninhar, e apreciar
Mais lindo arrebol!
Jurando ter visto flores, sorrindo
Com a lua, marcando horizonte lá fora
Premiado, ainda mirando botões se abrindo
Cenário, que nunca mais hei de esquecer.
Derradeiras luzes vão fechando este dia
Sob Bênçãos e Proteção da Mãe, Ave-Maria
Deus despeja Seu “fluído de noite”,
No vão de Seu entardecer!