Sapucaia
Do livro:
Balaio Poético – Goiás em versos
Marta Souza
Sapucaia
Entre as ilustres hóspedes,
Goiânia hospeda com afeição,
Uma árvore, formosa donzela,
Madeira nobre, perene, durável.
Folhagens rosa-avermelhadas
Margaridas de tom róseo, flores lilás
Uma dama, vestida de primavera
75 anos, ainda na flor da idade
Pousando para aquarela.
A pomposa Sapucaia traz consigo
Singulares curiosidades.
A priori, nome que veio do Tupi,
“Olho que se abre – cumbuca”
Para os pássaros, uma fina iguaria
Apetitosa castanha adocicada.
Mas para os macacos, uma armadilha
Prendendo sua mão na cumbuca.
Suas cuias deram origem ao ditado;
“Macaco velho não mete a mão na cumbuca”
E ainda carrega outro dito consigo:
“...quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia”
Diz-se do que se faz com cautela e eficiência
Desfrutando da sapiência!
Não sei quem a trouxe, nem quem a plantou,
Mas posso dizer: seja bem-vinda,
Continue nos brindando com sua presença,
Assim, bela, faceira e sempre linda!