Meu Rio Parua
No alto do andar que lho declina
Protegido nas entranhas da floresta
És paraíso irrigado pelos índios
Caudalosa corredeira e aquarela
No regalo das areias vespertinas
Ao estalo das canções de primavera
Na Pedra do Amor ou na Prainha
Meu regato é um bojo de donzelas
E nos banhos dos domingos à tardinha
No balneário, no melô, na paquera
No curso de tuas águas findam
Os galanteios que emanam desta terra
E no adeus de teus jusantes ribeirinhos
Ó marco fluvial e passarela
És dado ao senhor do teu destino
Nas lombas de um mirim de cidadelas
REFERÊNCIA: ANDRADE, Luís Magno Alencar. Os dizeres de um provinciano. Curitiba - Protexto, 2011, pág. 44