Ja(bótica) à beira

Alguns pensamentos estavam tão soltos

Doloridos

Quase fluorescentes na escuridão

Artéria em jejum de beleza, agridoce e cinza

Voo acre, sem carne, é domingo

Caem as penas

De repente

O astro rei entra pelas frestas da janela

Espetáculo na parede

Balançam-se os galhos

Como se vissem nas projeções dançantes

Tintas envelhecidas, um espelho sincero

Luz com dança, de repente

Luz com dança, e ainda com perfume

Céus!

Toda a minha alegria ressurgindo

Riso que afina os cantos de boca

Fino e esticado pelo dedo de Deus

Feito a ponta e a cauda

Da lua minguante

Saio à porta

A escuridão da noite não impediu o vento

Um tapete branco de flores de jabuticaba

Os pés gritam, gritam na fome de pisar

Hollywood daqueles que têm

Um coração verde no peito

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 11/09/2022
Reeditado em 11/09/2022
Código do texto: T7603382
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