A cagaiteira

 

No cerrado, a cagaiteira,

Vestiu-se de noiva.

Perfumou-se e deixou tontas as abelhas,

Zumbindo em volta, inebriadas...

Meus sentidos, sacudidos e assanhados,

Tomaram-me por inteira.

Sorri pra ela,

Que acenou com seus galhos,

Acariciados pela brisa da manhã.

E o vento generoso

Brincou nos meus cabelos,

Sussurrando florezinhas miúdas.

Respondi:

Em mim, nada é miudinho...

Tudo é intenso e profundo.

 

(Foto cedida gentilmente por Sonia Rezende, a quem dedico o poema).

Cassia Caryne
Enviado por Cassia Caryne em 30/08/2022
Código do texto: T7594670
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