A cagaiteira
No cerrado, a cagaiteira,
Vestiu-se de noiva.
Perfumou-se e deixou tontas as abelhas,
Zumbindo em volta, inebriadas...
Meus sentidos, sacudidos e assanhados,
Tomaram-me por inteira.
Sorri pra ela,
Que acenou com seus galhos,
Acariciados pela brisa da manhã.
E o vento generoso
Brincou nos meus cabelos,
Sussurrando florezinhas miúdas.
Respondi:
Em mim, nada é miudinho...
Tudo é intenso e profundo.
(Foto cedida gentilmente por Sonia Rezende, a quem dedico o poema).