Luar Fantasmagórico
Lua que triste nasceu
Fosca sob o cume da floresta
Do Parque que pereceu
E Mata Atlantica que resta
Sobe fantasmagórica
Começa no fim da tarde
Elevando com as almas
Com a névoa que ali invade
Cada árvore derrubada
E animais que pereceram
Descampados em escalada
Os riachos que se perderam
Almas sobem com a Lua
Nuvens-cinza carregadas
Com a fumaça fúnebre
Da floresta tão explorada
Se a Fazenda prosperou
Um político se reelegeu
Com a Mata já queimou
O mato que ali cresceu
Ouço vento empoeirado
Com o verde sepultados
Com as cinzas que restaram
E dos fósseis tosqueados
Na janela um gato preto
Canta a sorte neste dia
Quem nasceu tem medo
De fantasmas e alergias