Céu

O céu púrpuro tocou-me

A própria arte é a natureza

As nuvens de algodão-doce

Na minha boca adocicam

Meus trovões na revoada

Dianteiros ao meu caos

Um minuto de silêncio

Para a balbúrdia dos ventos...

Cantarolando o bardo se ouve

Batendo as asas joviais

Voe como pena e sem pena,

Seja livre!

Anoitece as várzeas do meu

Vale, e lá os pingos brancos

Plantam o lindo céu.

Prossegue: o náufrago das gotas

A chorar à terra molhada:

Apenas mais uma pintura boêmia.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 10/07/2022
Código do texto: T7556713
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