Curi
Ara! Há eras estamos aqui. Somos araucárias.
Mais exatamente somos Araucaria angustifólia
Estamos em vários locais como a Floresta ombrófila
Uma folia de coníferas fortes, cantamos árias.
Nossa idade é de 200 milhões (período Jurássico)
apesar de ter Araucárias desde o Triássico.
Diminuímos muito em números,
mas ainda estamos aqui. Raras, mas reais.
Perenifólia, perenes.
Seres irracionais preferem rosas de plástico
Mas temos nossas vidas dinásticas,
Sobrevivemos a rochas e venenos
Somos fortes coníferas em nossos terrenos.
Somos antigas, vimos desde as estradas de ferro
E da região de floresta virgem, veio a agricultura.
As nossas sementes salvaram imigrantes famintos
Estamos no brasão de algumas cidades
e somos nomes de outras como Araucária e Curitiba
Somos remédio, somos óleo,
somos artesanato com muita criatividade.
Fazemos um pinhão gostoso que todos adoram.
Um prazer indecifrável de diversidade.
Alguns fazem sapecada de pinhão na grimpa.
A gralha-azul faz graça na dança dos galhos
Somos taça para os vitoriosos que nos preservam
Temos que avisar: estamos em perigo crítico de extinção.
Precisamos de um pouco de sombra e de preservação
Querem nos destruir, mas pedimos regeneração.
Proteção. Vamos sobreviver
Pois ainda há bosques remanescentes
Somos patrimônio. Somos realidade, razão e riso
Coníferas com tronco, marrom rugoso, verde ritmo
Pinheiro do Paraná, com flores, pinhas.
Grimpar é subir, elevar, investir
Deixem-nos viver, reproduzir, crescer.
Que seja Curitiba cheia de araucárias.