Carta dirigida à pessoa que entalhou as iniciais no pinheiro vivo mais antigo da América do Norte
Poema de Matthew Olzmann, traduzido por mim
Conte-me como é viver sem
curiosidade, sem assombro. Velejar
em águas límpidas e revirar os olhos
para os recifes de algas que balançam
abaixo de você, ignorar o brilho
de escamas de sereia na névoa,
olhando para o mundo e sentindo
apenas tédio. Ficar em pé
na beirada de algum desfiladeiro selvagem,
as águias voando em círculos, uma manada de caribus
retumbando lá embaixo, e bocejar
com indiferença. Descobrir
algo primordial e sagrado.
Ter o cheiro da terra
te dando boas-vindas a todos os lugares.
Assimilar tudo isso e então,
sacar uma faca.