ÁGUIA
Esplendorosa ave de rapina.
Espetacular voadora fina.
Sua visão aguda me atina.
Arte de grafites na esquina.
Asas abertas vistas de cima.
Garras afiadas perfuro esgrima.
Seu grasnar, do Egito à China.
É uma mística ave cristalina.
Implacável caçadora andina.
Voos rasantes nas campinas.
Penas enfeitam india menina.
Força que empodera a rima.
Altos cumes alteram rotinas.
Cujos ventos sopram de quina.
Águia mãe vê a filha traquina,
Libertar-se do ninho carnificina.
Nos penhascos o peito empina.
Tão veloz, além minhas retinas.
Gostaria de ser ave de rapina,
A sobrevoar sobre minha sina.