Donzela, Mãe e Anciã
A Lua translúcida no céu
me diz que, tão nova, deve-se rasgar o véu
para trazer um pouco de magia a esse amargar
e, assim, poder plantar bondade neste lugar.
A Lua tímida acena em meio a noite
e, crescendo, me diz que os problemas não são açoite
me diz que com um bom incenso posso me deleitar
ao ver meu feitiço, bem mais rápido, se concretizar.
A grandiosa Lua canta
e, tão cheia, me chama para sua dança
Ela me mostra como o fio do destino balança
e diz que seu poder rasga o espaço e o tempo como uma lança.
A imponente Lua observa
e diz que das minhas limitações não devo ser serva
que devo permitir que a coragem me envolva
para que ela possa minguar tudo o que me prende
e, assim, permito que sua energia me desvende.