Samsara
Pisando sedento a lagoa lamacenta
Minha origem hibrida dos girinos
Desliza sem peso a fonte límpida
Que se turva a poeira sedimentada.
Colapso cognitivo incomum aos seres?
Elaborado de experimentos evolutivos
Possuo todos fragmentos das formas
Radioativas de todos os que foram vivos.
Do sapo pertinente, expirei tossindo...
Gosmento, brilhante, que fui atraído
A beira da lagoa cíclica, que me divertia,
Sem noção a repentina canção e o cheiro!
Pairando pantanosa maravilha selvagem,
Escorregadia sob águas, as folhas,
Meu peso humano e leve submergia
Sendo absorvido, nutrindo de lodo a lagoa.
Pesadelo sapiente! Que inveja selvagem!
Que tênue fluidez orgástica envolta do sapo...
Saltando entre rãs... fertilizando seus úberes
Dos esguichos das pererecas insaciáveis.