O BICO
O tucano mais bicudo,
Vai voando dando pico.
De repente bate forte,
Perde a ponta do seu bico.
Ai que pena quanta pena
Perde a ponta, mas avoa!
Sem o bico não namora,
Fica o beijo esquisito.
A tucana não se agrada,
Nem vê nada de bonito.
Ai que pena quanta pena,
Não tem beijo, mas avoa!
A tucana dá o fora,
Vai atrás de quem tem brilho.
O tucano só queria…
Namorar e ter um filho!
Ai que pena quanta pena,
Não tem filho, mas avoa!
O tucano é bem moço,
No alvoroço da floresta.
Toca em frente na paquera,
Bate asas, segue a festa.
Ai que pena quanta pena.
É bem moço, mas avoa!
O tucano num instante
Da tristeza se esquece
Quando vê que o seu bico,
Igual unha, logo cresce.
Ai que festa, quanta festa.
Cresce o bico quando avoa!
Com o bico renovado
Some todos empecilhos.
E namora mil namoros
Logo arranja lindos filhos
Ai que vida divertida
E a família toda avoa!