Outono
Outono
Ventos que vão e vem
Em busca de alguém
Que passou na minha vida
E não enraizou
Nas minhas flores...
E transformaram-se
Os caules do meu
Jardim em dores.
Sonhos adormecidos
Calados e despercebidos
E ao mesmo tempo tão
Acordados no meu coração.
Ventos que voam
E trazem folhas
Novas e renovadas
E entrelaçam no
Caminho de alguém
Mas esqueceu
De buscar meu bem.
Ventos flutuantes
Que penetram em nossa
Pele e fazem cristalizar
O orvalho em seu olhar...
Em chuva de sons
De trombetas
A te amar.
Ventos ondulantes
Que fazem as folhas
Imersas cairem e se
Afogarem na minha
Essência e faz com
Que os ventos
Gritam a sua ausência.
No embalo do alvorecer
Fez renascer e entender
Que os ventos balançam
A nossa alma
E nas idas e vindas
E neste vai e vem
Os ventos não quis
Mais trazer o meu bem.