NOVA ESTAÇÃO
E eis que chega o outono uma vez mais,
deitarei na relva refrescante, a contemplar
folhas que esvoaçam, onde a estação nos traz
farfalhar melódico pelos sonhos a divagar.
Aroma outonal na manhã de nuvens andantes,
— o sol irrompendo por toda parte caminha
nos recantos de curvas sinuosas luz eletrizante,
árvores dançam ritual, que o universo alinha.
Desfolhar de flores por todos os lugares...
— na projeção cintilante do dia colossal,
o desabrochar moroso entre intensos olhares
— do outono dourado em hora triunfal.
E eis que chega a noite uma vez mais...
a semear estrelas no campo do céu luzidio,
— no fremir do universo regido de paz
a folha vagueando num frenético rodopio.