Partindo

Sol que esquenta

Na estrada de poeira

Há uma mangueira seca

Queimada, solitária

morrendo sem frutos

Esperando a chuva

Pra ter vida..

Debaixo dos seus galhos

Um banco de madeira

Sob a árvore que foi frondosa

Amores terminaram

Outros começou nos

Beijos declarados

Na mesma tarde

Com juras eternas

Nas noites repletas de

De luzes e magias

E exuberância da

Manhã chuvosa

Renasce a mangueira

A árvore quase morta

Flores crescem

Flores que viram saudades.

Amores que secou

Sumindo na neblina

Cobertos nas visões

Perdidas.

Sombre os campos

Forrados verdejantes

Olhos entristecidos molhados

das ilusões dos corações

Partidos,amor que partiu.

Ficando o banco de madeira

Vazio,a árvore sombria

De solidão,e uma estrada

Que ninguém mais passa..ma