Abobrinhas nas árvores

 

Saí para correr numa manhã nublada e com uma fina garoa

Cliquei uma abobrinha pendurada numa belíssima árvore.

Meu perfil de não atleta e mais para uma idosa aprecia o clima e o abençoa

Escolho um trajeto sem muito movimento, a estrada estava enlameada e barrenta.

Fui devagar e aos poucos fui acelerando, senão a velha não aguenta.

 

Em cada passo que eu dava, mais longa e íngreme ficava a distância

Seguindo em frente, vou apreciando a natureza com as suas fragrâncias

Subo morro, desço morro, respiro fundo, logo aparece uma trilha reta

Acelero um pouco mais, ouço um trator barulhento: permaneço discreta.

Ele estava desbarrancando uma paisagem linda! Bem naquela árvore...

 

Estava pendurada uma verde, arredondada e suculenta abobrinha...

Fiquei indignada com o desperdício da árvore e da saborosa sopinha

O dia estava muito frio e eu estava com muita fome e muito cansada.

Fiz sinal para o trator parar. E muito desavergonhada, me fiz de desacorçoada!

Pedi gentilmente para o tratorista: Por favor, deixe eu tirar aquela abobrinha.

Pois, quanto à árvore, já era, um fato! Os desmatamentos para as novas construções

 

Observação de uma andante, sabemos que são necessários esses desmatamentos para as novas moradias, que as pessoas precisam ter um teto para morar. No entanto, que paralelo a isso, devemos ter a consciência de renovarmos as plantações. Para cada abobrinha e árvore tirada, se possível e pudermos, vamos semear e plantar algo!

 

 

 

 

 

 

Texto: Miriam Carmignan

Imagem google