A Revoada dos Guarás
A Revoada dos guarás,
Comparece a minha mente,
Mentalizo em pensamento,
O que foi vivido em outro momento.
Ficou registrado na memória,
Por não poder ir presencialmente.
Me acalmo, sossego, por ter acesso ao acervo sensorial
Realizo esta produção poética,
De páginas prazerosas, e até cheirosas
Despertando uma profunda sensibilidade,
Que retorna aos sentidos,
E registro em forma de poesia.
Visão do complexo de ilhas do Delta do Parnaíba,
Cheiros marítimos, manguezais, guarás,
Belezas da natureza, atraem turistas,
E os amantes do eco turismo, como eu,
Realizam passeios de barco,
Num majestoso labirinto de ilhas,
Para desfrutar do magnífico ritual
Da revoada dos guarás,
Lindas aves de plumagem vermelha.
Se recolhem todos os dias
Faça chuva ou faça sol, às 17 horas.
Fenômeno da natureza,
Que os guarás protagonizam,
Na ilha do meio, conhecida como a ilha dos guarás.
Fazem a festa, decoram a floresta
Vão chegando aos bandos,
Pousando nos galhos das árvores,
Se aninhando em suas casas noturnas.
Ritual diário de encantamento,
Numa bela sinfonia, na mais linda harmonia
Lembrando do cenário, revivo pelo imaginário,
O que foi vivido pela experiência,
Estimula a neuroplasticidade,
Fazer a sintaxe do que foi apreendido
Pelos órgãos dos sentidos
E transmitindo através do meu singular lirismo poético.
Edna Santos