Ave colorida de Glasgow

Parecia um uirapuru,

ou assembleia de aves que o mundo nunca via.

Mas se pôs logo a cantar...

Tão forte que ninguém esperava...

Era sábia ou sabiá?

Ali, unidade não importava.

O seu nome, sim, muito dizia:

Txai, Txai, Txai – Ave das aves,

Txai, Txai, Txai – Ave das aves,

que ora canta, canta e ora...

com ou sem Ave-Maria.

Cantou mais que o uirapuru,

porque a natureza urgia...

Fez-se a nova sentinela

para ti, ó bela Amazônia!

Tu que vestes esmeralda,

andas triste e muito pálida.

E o pendão da esperança assim não te quereria.

Canta, pássaro!

Canta, gente!

Mesmo que o cantar se agrave...

Canto alegre ou canto triste,

hoje ainda é primavera.

Amanhã – todos verão!

Depois do outono, será tarde.

Após o inverno, sei mais não...

Canta, pássaro!

Canta, gente!

Mesmo que o cantar se agrave...

Txai, Txai, Txai – Ave das aves,

Txai, Txai, Txai – Ave das aves,

que ora canta, canta e ora...

com ou sem Ave-Maria.