O céu noturno
O céu noturno (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)
De um simples olhar
Está o pensamento a vagar.
Em primeiro lugar,
Está o luar.
A lua é cheia
Às nove horas e meia.
Um pouco mais pela direita
A Nuvem de Magalhães, bem estreita.
Próxima a Istambul
Está a Cruzeiro do Sul.
De repente, um estouro.
É a constelação de Touro.
Lembra-se da viagem
E logo ali, bem próxima, a constelação da Virgem.
O céu é uma arte
Pois o vermelho Planeta Marte.
O brilho da lua vai aumentando
E o universo andando.
Pequena luz a brilhar,
Pois o avião vai passar.
Aos poucos o pescoço dói
Porque a poesia se constrói
Nas noites de lua cheia,
À meia noite e meia.