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Se tem passarinho, flor e sereno; 

tem poesia!

                           

 

Debaixo de folhas em concha

Posto que dorme em arvoredo, aninhado

Despertando-se por quedas de gotas serenas

Numa aurora suave, tranquila, florida e amena

O pequeno, pássaro arrepiado!

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Um pingo, lhe pinga cabeça

Sacode-se tanto, que mexe até o copado

Caem em si, perdidas outras, pingadas pequenas

Encharcando-o, de graça e paz, a vida terrena

O passarinho ficou completamente molhado!

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Outros seus, apressam o desfolhar das galhadas

De tanto sacodirem, rindo e zoando, do pobre coitado

Pera lá, a coruja mais parece uma hiena

Tinha, era que ser filmada esta cena

Como um pinto, o passarinho ficou todo ensopado!

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Forçado arregalar e despertar, de repente

Por Deus, pelo céu, pelo orvalho fora  acordado

Olhos meus, viram um dos mais belos poemas

Sucessivas, correntes de molhas serenas

Pura poesia, no chacoalhar do passarinho encrespado!

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SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 13/11/2021
Reeditado em 13/11/2021
Código do texto: T7384516
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