Intervalo de chuva

Tem coisas que não consigo entender,

Apenas contemplar e agradecer.

Hoje de manhã, na capela estava eu.

Quando ouço bem mansinho,

A água descendo no telhado meu.

Agradeci a bênção da chuva vindoura!

Lembrei-me da terra sedenta,

Do homem e dos animais sem água,

E por ela cair em meu pé de pimenta.

Ela renova e faz brotar.

Sustenta e faz florir.

Esses são os efeitos de um bem precioso.

Da chuva fina que cai aqui.

Quando estava escrevendo,

Tive que parar,

A oração me chamava,

Para com o Pai conversar.

Depois retornei a escrever,

A chuva já tinha passado,

Mas pensei:

"O meu leitor vai querer ler".

Retomei novamente,

Sentindo o vento que sopra,

Na noite escura de Domingo,

Olhando o céu nebuloso,

E "dizendo": "Outra chuva vem vindo".