ODE À ÁGUA
Da rocha erodida
nasce água, surge vida,
no curso do rio, atrevida,
revela-se altaneira,
Imponente e sempre bela,
alegre, desce sonante,
Tranquila e singela;
Sob o olhar inebriante,
Desfila o seu encanto,
Sob a mansa corredeira!
Majestosa, esparrama
As águas pela ribeira,
Espraiando a alegria,
Vencendo qualquer barreira,
aspergindo sua magia,
Viajando o tempo inteiro;
Corre, corre... Vai ligeira!
Fecho os olhos, me deleito,
Vendo-a correr pro leito
do seu rio, a repousar,
E a cada som do borbulho
Encho o peito de orgulho,
Saboreio o seu cantar!...
E assim me habituei,
meu corpo ao seu mergulho...
E ali eu asseguro,
encanto maior não há!
(Dedicado ao amigo Evaldo Neres)