Aurora
Todas as manhãs ela chega e derrama sobre a serra as suas tranças douradas.
Tranças que vêm descendo, despencando luz, esparramando a quentura morna do dia sobre as plantas, as cabeças, as cidades.
Aurora beija as costas do mar e ele arrepia, formando costelinhas na água, suspeito que esteja apaixonado por sua beleza adolescente.
Todas as manhãs são dela e ela faz de sua chegada um espetáculo, ela é brilhante e sempre vem ao leste.