Corpo bélico
Há pintas novas nos meus braços
Ou eu que demorei a ver?
Meu rosto não é mais de bebê
Que deu lugar a um semblante que não consigo definir, pois muda a cada instante.
Às vezes me sinto bonita
Às vezes me sinto feia
As vezes me sinto estranha
Tudo no mesmo dia
Sou amante do espelho
Mas também de meu corpo inteiro.
Essas pintas novas são engraçadas
Surgem do nada
E nunca mais abandonam essa pele pálida!
Envelhecer tem seus méritos
A mesma alma
Em outro corpo
Bélico.