SAUDADE DAS MARITACAS /

SAUDADE DAS MARITACAS

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=20/julho/2021)

Sentado à frente da casa

contemplava a natureza

era tamanha a beleza

vista nas aves e plantas;

maritacas eram tantas

em seu bando verdejante

que parecia distante

mas de súbito pousava

na folhagem da palmeira;

coquinhos algumas catavam,

outras, alegres, cantavam

aquele cantar com grito,

mas eu achava bonito;

de repente elas voavam,

iam-se, depois voltavam

parecia brincadeira;

lá da casa hoje distante

não esqueço esse cenário;

não mais as vi, só canário

e outras aves é que vejo,

são bonitas. mas desejo

o que minha mente destaca

no caminhar da minha idade

poder suprir a saudade

que sinto das maritacas.