O branco cristalino na terra escura
 
No caminhar, observo as camadas brancas na terra escura
Ando na negritude da noite, um frio que amedronta, mas é divino!
O dia vai clareando e deparo-me com os tapetes brancos e cristalinos!
Nos campos e nas desfolhadas árvores, a mais pura brancura
Como as brancas nuvens que correm livres no céu, beleza inebriante.
Feitura ornamental das baixas temperaturas gélidas e contagiantes!

Espreitam com sussurros calmos e brandos, nas noites escuras e geladas.
Daqueles que vão e corroem as suas entranhas, nas labutas cotidianas e constantes…
Luz que abranda os medos dos homens e encobre as névoas dos seus semblantes
Num compasso lento do nascer ao pôr do sol, manifestos de luz para colorir
Suprema é a claridade dos raios de sol que ofuscam as trevas no andar.
Das opulentas paisagens que branqueiam o solo e congelam o ar
Precisamos atingir alguma maturidade para não reclamar e sorrir.



 

Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google