O CANTO DO CURIÓ
O CANTO DO CURIÓ
Um curió lindo encontrei,
De galho em galho a pular,
Ao belo pássaro perguntei:
Por que vives feliz a cantar?
Ele cantando me respondeu:
Canto a chegada, a partida,
Canto tudo que vem de Deus!
Como o surgimento da vida.
Canto o passado, o presente.
Para o futuro vivo a cantar.
Cantar para Deus Onipotente,
É o melhor canto que há.
Canto para pedir ao Criador,
Que mande paz para a Terra.
Defenestrando o horror,
Que traz uma fatídica guerra.
Canto para a pobreza sofrida,
Que não tem nada à mesa.
No lar que não tem comida,
É onde prolifera a tristeza.
Canto a alegria e a bonança
Para o lar dos que são idosos.
Canto o futuro de esperança
Para os jovens hoje fogosos.
Canto para as estrelas do céu,
Que vivem no infinito a piscar.
Canto das abelhas o doce mel.
Canto para tudo que há no mar.
Canto sem medo e parcimônia
Para a biodiversidade salvar.
Canto pela vida da Amazônia,
Que o brasileiro quer acabar.
Canto para a Lua Cheia brilhosa,
Que a noite chega para iluminar.
Canto em verso, canto em prosa
Para todos poderem escutar.
Canto para o Sol imponente,
Que existe para aquecer,
A morada dos indigentes,
Que de frio podem morrer.
Canto do médico a sapiência,
Que usa para feridas curar.
Canto com dó da persistência,
Daquele que só sabe odiar.
Vivo no meu Brasil a cantar
Com o amor mais profundo.
Lugar mais bonito não há,
Neste esplendoroso mundo.
Bira Galego