DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE...
Um meio, inteiro vazio ambiente...
Num dia festejado
Com rios poluídos,
Aterros sanitários
Petróleo despejado
Em mares destruídos...
Nós, inocentes otários
Pra culpados desconhecidos...
Um dia comemorado...
Com nutrientes perdidos
Alimentos processados,
Sim, ultra processados...
E o ar?...
De ar puro despido
Aos pulmões alcançados,
Já cansados...
Que respiram proibidos...
Um dia pra ser lembrado...
Bebido envenenado
Com refrigerante de cola
E bebidas energéticas
Conteúdo adulterado...
Mais açúcar, mais açúcar,
Mais açúcar nos assola
Nas "glicagens" diabéticas...
E a vida se desenrola
Nas ilusões cibernéticas...
E solidões tecnológicas...
Um meio, inteiramente ausente
Nessa selva de tijolos, concreto,
Selva de pedra, vidros e aço...
E nesse descompasso, os passos
Entre as árvores elétricas
Sob as copas de fios no espaço
Em tetraédricos percalços
Nas direções sem projetos
Rosa dos ventos sintéticas...
Mas há um meio...
No meio ambiente, a esperança
No verde que ainda existe,
Resiste entre bilhões temas...
Ecossistemas preservados
Que persistem como poemas...
Às abelhas nas colmeias
Às formigas nas colônias
Às flores nos campos abertas
Perfumando vidas libertas,
Como vitórias régias na Amazônia...
E entre as gotas de orvalho
Nos ipês, mangueiras, carvalhos
Entre rosas, cravos, violetas...
Os casulos transformados
Cores nas asas das borboletas...
E as joaninhas redondas
Lembrando a forma do planeta...
Ah, mesmo em tempos incertos
Que (in)justiça à toga cometa
Eu confio até nos desertos...
São belezas naturais
Querem nos ensinar
Como viver e amar
Com fé, justiça e paz...
Acredito nas pradarias,
Nos fiordes e pantanais
Nas florestas tropicais
Agrestes, sertão, equatoriais
E as temperadas em poesias...
Acredito ao canto da asa branca
Nas araras azuis, nos pardais
Nas rapinas das Harpias
No urso polar e nas baleias
Em danças alegres, santas...
No lobo Guará e nas teias
Das aranhas, vida franca
Capturando o alimento...
Meio ambiente é o pensamento
Natural e planetário
Continentes são ovários e úteros
Nos sentimentos...
Que vão gerando os filhos seus
Caminhando pelo tempo
O Homem o maior exemplo
Da criatura de Deus,
Pois, é deus entre os mortais...
Na cadeia alimentar
Está no topo sem louvor
Cometendo crimes banais,
Bem no fundo infernais
Em paraísos sem flor...
Fazendo o mundo doído
E o pensamento poluído
Por ambições tão carnais...
Mas dou vivas a natureza
Agroecologia, agrofloresta
Agricultura natural familiar
Ao plantio com mais beleza...
Ao sentimento o que nos resta
Sentir o amor para se amar
E preservar todo esse bem
Da natura selvagem
Patrimônio da pureza
Mantendo o amor na viagem
Sendo mais humanos também...
Vida saudável e as paisagens
Pras gerações futuras além...
Parabéns naturalmente
Numa prece aos ancestrais
Paz dos anjos siderais
Eu peço ao meio ambiente...
Amor entre os Homens bem mais
E muito mais fé inteligente...
Autor: André Luiz Pinheiro
04/06/2021