O chamado de uma flor
A áspera voz que soa no nublado anoitecer
Os tristes sinos e a fatal enluarada da alma
Meus incompreensíveis desejos do renascer
E a esperança tocada nas linhas de minha palma
O sol surgindo como um encontro de amor
E eu no sonhodas aves cantando ao vento
O silêncio e essa contradição no âmago da dor
Reflete o que vivi há um tempo, distante momento
Quando respiro sinto vontade de voar
Nesta prisão eu adormeço com meus trapos
E me arrependo de todos os meus atos
E me preparo para acordar sem um olhar
Na hora da alegria, vou sorrir sozinho
No instante da agonia, estarei a percorrer
Caminhos longínquos que a vida e seus espinhos
Me ensinaram a me acostumar
Com o lado que enxergar que viver é melhor que morrer.