O chamado de uma flor

A áspera voz que soa no nublado anoitecer

Os tristes sinos e a fatal enluarada da alma

Meus incompreensíveis desejos do renascer

E a esperança tocada nas linhas de minha palma

O sol surgindo como um encontro de amor

E eu no sonhodas aves cantando ao vento

O silêncio e essa contradição no âmago da dor

Reflete o que vivi há um tempo, distante momento

Quando respiro sinto vontade de voar

Nesta prisão eu adormeço com meus trapos

E me arrependo de todos os meus atos

E me preparo para acordar sem um olhar

Na hora da alegria, vou sorrir sozinho

No instante da agonia, estarei a percorrer

Caminhos longínquos que a vida e seus espinhos

Me ensinaram a me acostumar

Com o lado que enxergar que viver é melhor que morrer.

Lucilene Nobre
Enviado por Lucilene Nobre em 03/06/2021
Código do texto: T7270324
Classificação de conteúdo: seguro