CINZAS E NADA MAIS

CINZAS E NADA MAIS

O humano é a parte letal da existência.

A natureza é o âmago para a sua vida.

Dela, ele tira o sustento, faz sua guarida.

E, ainda assim, a destrói sem clemência.

Da natureza ele retira seus alimentos,

Água para beber e frutos para comer.

Mas faz a floresta exuberante arder,

Sem ouvir dos animais, os lamentos.

As árvores caem prostadas na terra.

Animais choram no chão e nos ares.

São queimadas por todos os lugares,

A Amazõnia passa por uma guerra.

O triste choro da árvore que vira carvão

Ecoando na voz de um belo passarinho,

Que tinha nela com segurança seu ninho,

Não inibe o homem, ele não tem coração.

O ar na Amazônia tornou-se irrespirável,

O solo coberto com troncos queimados,

Animais todos mortos e carbonizados,

E o nativo tendo uma vida abominável.

Tudo isso resulta da maldade humana

Cujo caminho gosta de cobrir com ódio,

E edificando com sangue o seu pódio,

Mostra uma mente deplorável e insana.

E a serra elétrica usada como algoz

Rasga a natureza, numa guerra crua.

Deixa a Amazônia sem vegetação, nua,

E todos os pássaros calados, sem voz.

Como "quem planta colhe" é verdade pura,

Um dia esse ser humano reles vai pagar.

Quando na Amazônia o oxigênio acabar,

Ele cobrirá com cinzas a sua sepultura.

Bira Galego.

Bira Galego
Enviado por Bira Galego em 02/06/2021
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