SELVA DE PEDRA
Esse caminho, de longa estrada.
A imensidade de areia ,
A que fim me leva?
Abaixo, a cidade.
A selva de pedra.
Mas que cidade é essa,
Que se perde na vastidão
De ruas, becos, avenidas,
Casebres, casas, prédios
E arranha céus ?
Tento me abster
Do vendaval citadino
O corre corre alucinado.
À frente o deserto
Sobre mim se estende.
Derredor , a metrópole, o respirar
De uma cidade que não pára!...
O burburinho de carros frenéticos ,
0 formigueiro de gente alvoraçada
Na agitada metrópole , tão a mim estranha.
Prefiro o deserto, o caminhar
Por intermináveis areias,
À selva de pedra,
Onde os homens pastam, quais feras
Famintas, ávidas por sangue!