Enxergando invisíveis


A serra azulada, lá longe, silhuetando, me dá saudade do Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry. Ele ensinou-me muitas coisas, como enxergar o invisível. Espiando a paisagem, vejo
o Morro do Baú. Ele se parece com uma grande mesa e, imagino os deuses sentados, ceiando e filosofando a vida!
O Morro do Palhano lembra a jiboia do Pequeno Príncipe. Eu consigo ver o elefante em sua barriga! Acontece é que a digestão nunca acaba!
E a orquídea trepadeira, em generosas flores, lembra-me o circo com suas trapezistas, saltando na abóbada azul do céu.
Agora, se a noite desce com seu véu preto e espalha os diamantes cintilantes no infinito, eu tenho mesmo vontade de subir aos céus e encher os cestos de estrelas!