Infinita poesia
Mira o marujo o infinito
que abranda no horizonte,
mar de segredos cobiçados
e por demais ocultos.
Lá, só se alcança por vislumbre ou utopia.
O olhar que o toca em desatino é seduzido,
embriagado e por demais entorpecido.
É lá que almejam os amantes.
É onde se tocam céu e mar
em flerte incandescente.
É estro de mistério em essência!
Morada de sereias, bichos e criaturas.
Regozija o marujo em puro encanto,
faz do bordejo a poesia,
em verso sem simetria.
Que venham léguas e mais léguas
mar adentro !
Que o infinito seja a única chegada
a contento.
Se o horizonte é o desejo do marujo,
certo é, que é, o mesmo do poeta.
E se a cruzada pelo mar é infinita,
Que seja infinita a poesia !