No amanhecer
 
No clarear do dia abro a janela
O esvoaçar suave da leve cortina
Um gigante olho  que descortina
Deparo-me com as cores amarelas.

Espreitando no jardim o nascer do sol
Sobrepondo-se todo esbelto e garboso
Dentre outras, ele, solitário e majestoso
No jardim de rosas, um altivo girassol.

Na verde árvore, pares de amarelos
Dos canários cantando e se bicando
As sementes doces que estão picando
Para engolirem os seus muitos farelos.

O sol já despontando no nascente
No silêncio matutino e preguiçoso
Amanhecer próspero e pretensioso
Preanunciando um dia envolvente.


 
Texto; Miriam Carmignan